terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um livro para os amigos



andamos a fazer um livro, eu e o joão. começámos por pensar fazer um livrinho para oferecer à tia lurdes. mas depois vinha aí o natal e o novo ano e tal e decidimos que íamos fazer cópias e oferecer aos nossos amigos. eu fazia o texto (já estava feito - é a história dos três cavalinhos que às vezes leio ao joão) e ele fazia os desenhos. disse logo que gostava muito de
desenhar cavalos. depois disse-lhe que também havia um cavaleiro muito rico e um guerreiro e um poeta. e ele ia dizendo que desenhava muito bem cavaleiros. confiança não lhe falta!
diz ele: depois pões lá história de zé lima e
ilustração de joão lima. está bem, disse eu. E a mãe? a mãe podia fazer a capa em pano.
depois de falarmos nisso, pensei que podíamos fazer a capa com os cavalinhos de pano que a cereja fazia.
mas claro a capacidade de concentração do joão é ainda limitada. e o livrinho vai-se fa
zendo ao ritmo de uma página por dia. quando o vou buscar à escola combinamos o que vamos fazer a seguir e eu lá vou empurrando as ilustrações. Como são só umas oito páginas...














TRÊS CAVALINHOS

Havia três cavalinhos,

Três cavalinhos havia

Um andava a galope

O outro seguia a trote

E o terceiro dormia.


Aí vão eles mundo fora

À procura, à procura

Andavam pelos caminhos

Mas que lindos cavalinhos

Mas que grande aventura.



O primeiro cavalinho

Foi para longe guerrear

Fez a paz e fez a guerra

Para ser dono da terra

E sobre todos reinar.


Era grande o seu poder

Rei de toda a nação

Por todos era temido

Por todos obedecido

Mas amado, isso não.


O segundo cavalinho

Partiu a fazer riqueza

Juntou jóias, juntou ouro

Regressou com um tesouro

Casado com uma princesa.


Toda a gente à sua volta

Pedia favores, dinheiro

Era de todos invejado

Sem nunca ter a seu lado

Um amigo verdadeiro.


O terceiro cavalinho

Ao sabor da fantasia

Correu praias, correu montes

Bebeu em todas as fontes

Das terras da alegria


Teve amigos, teve amores

Que tal era o seu viver

De nada era invejoso

Nem rico, nem poderoso

Que não buscava o poder.


Chegou mais longe e mais viu

O cavalinho risonho

Que se dormia sonhava

E sonhando imaginava

Que toda a vida era Sonho.



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