é a melhos maneira de aprender que muitas vezes a nossa real família somos nós a escolhê-la, e nela se incluem tanto alguns parentes como alguns aderentes.
Este ano a escola é muito diferente: alguns pais, empurrados pela crise levaram os filhos para a escola pública. da sala do joão saíram vários amigos para o 1º ano. da idade dele ficaram só a matilde, o tiago e a carolina. e entraram muitos meninos muito novinhos. Vê-se que o joão está impaciente por começar as "histórias da matemática" e outras actividades dos mais crescidos. E que se impacienta um pouco por não ter sido ainda possível iniciar algumas das rotinas da sala: o plano do dia, as discussões do conselho de sala... A Marta disse-me que este ano tudo será necessariamente mais lento: o ritmo será muito marcado pelos mais pequenitos, que este ano são particularmente novinhos. Nota-se a pressa do joão: escreve o abecedário, compõe palavras (às vezes ao calhas) no tabuleiro de letras magnéticas. Quer ler, quer andar para a frente. Se lhe digo que não é assim que se escreve, por exemplo, riposta: mas em "volante" escreve-se assim. "Volante" é uma ficção que ele arranjou (mais uma): é a língua que se fala e que se escreve na ilha, na madeira, onde continua a viver. ou pelo menos continua a viver a lontrinha e a mãe da lontrinha (minha nora, como ele me diz). Passa a vida a telefonar-lhe: compausas, com perguntas que depois ficam suspensas à espera de uma resposta "do outro lado". Um actor, este meu filho!
ontem deu-me um desenho, um calendário. a atestar as preocupações dele com o correr do tempo: os planos para daqui a um ano, quando entra para a escola, para depois... e depois.