terça-feira, 29 de março de 2016

quase uma fábula



lembro-me da nossa palmeira. lembro-me, porque já não existe. foi-se em poucas semanas. de nada valeram os telefonemas para a Câmara e para a Junta de freguesia. as fotografias que mandei para uma engenheira dos serviços. definhou, definhou. foi caindo aos poucos. até secar de vez. ficou depois ali, um destroço, uma triste lembrança da palmeira orgulhosa que em tempos fora. atré que a levaram.
agora há só o cercado de metal que ficou a assinalar o sítio. e uma mancha redonda de terra à mostra que só os cães usam como território conquistado. e para lá deixarem a sua marca.
pedi à tal engenheira que pusessem cá uma árvore bonita. um dragoeiro, uma oliveira. mas não sei se se vai lembrar disso na altura, que me parece distante, em que cá enfim vierem.

Fica um filme em 4 episódios:
1- a palmeira como era, vibrante, desafiadora, mesmo no meio do inverno à volta



2. até a bicaharad começar a roê-la por dentro...



3- e começar a cair aos bocados..

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4. até que a levaram...

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